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Enquanto isso, em alguns barracões das escolas do Grupo A a demora na liberação das verbas atrapalha o andamento dos trabalhos e preocupa os carnavalescos.
- Se demorar muito, em algum momento vamos ter que segurar o ritmo aqui no barracão. Contamos com o dinheiro da Prefeitura. Espero não precisar fazer cortes no planejamento - disse Gebran Smera, um dos carnavalescos da Estácio de Sá.
No Império da Tijuca, o carnavalesco Jack Vasconcelos precisou remanejar algumas metas, adiando criações.
- Ainda não foi necessário fazer cortes, mas tem coisas que o dinheiro prende muito, mesmo sabendo que a subvenção demora a ser liberada. É quase um folclore isso. A cada ano piora. É preocupante para o futuro. Na minha opinião isso é um pouco caso com a cultura porque é falta de respeito com o carnaval da cidade. No dia dos desfiles os políticos aparecem para ver as escolas - lamentou Jack.
Para Mauro Quintaes, carnavalesco da São Clemente, a compra de alguns materiais só será possível futuramente, quando a verba já estiver na conta da escola. Na opinião dele, a subvenção deveria ser cinco vezes do valor atual (cerca de R$ 540 mil para cada agremiação).
- Não mudamos a estética do trabalho planejado. A São Clemente tem uma boa relação com os fornecedores, pois nunca deixamos de pagá-los. Temos funcionários que trabalham há muito tempo na escola. Confiam no pagamento. Por enquanto, o ritmo é normal, mas alguns materiais, que só chegam se o pagamento for à vista, nós deixamos para comprar mais pra frente, como plotagem e adesivo. Não adianta aumenta a festa sem um retorno forte e ficar de pires na mão, como diz o meu samba-enredo. Essa subvenção deveria ser cinco vezes maior. Os desfiles do Grupo A têm lotação total, o espetáculo do Acesso já está consolidado - afirmou Mauro.
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